Cláudio Castro (PSC) já sinaliza e recebe sugestões
sobre como deve comandar o Rio
De estilo discreto, o vice-governador do Rio de
Janeiro, Cláudio Castro (PSC), já sinaliza e recebe sugestões sobre como deve
comandar o estado caso o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do Palácio
Guanabara se confirme.
O vice chegou a usar o termo "gestão
parlamentarista" com deputados para demonstrar a disposição em ouvi-los e
ceder-lhes espaço, de acordo com interlocutores. Recebeu como sugestão que se
afaste completamente da eleição municipal que se avizinha.
Castro sempre se apresentou como um primeiro assessor
de Witzel, sem nenhum protagonismo nas ações governamentais.
Ao longo do ano e meio de mandato até aqui, por
diversas vezes buscou apaziguar os ânimos entre os palácios Guanabara e
Tiradentes (sede da Assembleia fluminense) nas sucessivas crises entre
Executivo e Legislativo.
Desde a aprovação da abertura do processo de impeachment, contudo, o vice não se pronunciou em defesa do titular do cargo. Em suas redes sociais, não publicou qualquer mensagem de apoio a Witzel. A interlocutores, ele tem se queixado sobre a suposta produção de dossiês contra ele por pessoas ligadas ao governador.
Nas conversas com deputados, ele não estimula a queda do governador, mas também não se empenha mais na defesa como antes.
Castro também se comunicou com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, a fim de criar pontes com o governo federal caso venha a assumir o cargo.
Segundo relato de parlamentares, ao ser consultado sobre a hipótese de Castro assumir o governo, o senador disse que só não colocaria um tapete vermelho por não gostar da cor, usualmente associada à esquerda.
Cantor católico membro da Renovação Carismática, o
vice é visto como um político conciliador, mas sem voz de comando. Ex-vereador
da capital, ele tem a carreira atrelada ao deputado federal Hugo Leal (PSB),
com quem iniciou na política no Detran-RJ, e ao deputado estadual Márcio
Pacheco (PSC), ex-líder de Witzel na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), de
quem foi chefe de gabinete e dividiu o palco em shows gospel.
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