Este é o terceiro anúncio de cortes de bolsas em 2019. Desde
o início do ano, o governo Bolsonaro já cortou 11.811 bolsas de pesquisa
financiadas pela Capes

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Capes (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) anunciou nesta segunda-feira (2)
o corte de mais 5.613 bolsas de mestrado e doutorado. Com a medida do governo
Jair Bolsonaro (PSL), nenhum outro novo pesquisador vai ser financiado neste
ano.
Este é o terceiro anúncio de cortes de bolsas em 2019. Desde
o início do ano, o governo Bolsonaro já cortou 11.811 bolsas de pesquisa
financiadas pela Capes, equivalente a 10% das bolsas vigentes no início do ano.
Não haverá interrupção de pagamento para bolsistas com pesquisas em andamento,
segundo o governo. Os benefícios cortados referem-se a bolsas de pesquisadores
que já finalizaram seus estudos, mas não serão repassados para outros alunos.
O novo corte representa o não investimento de R$ 37,8
milhões no ano. A Capes teve R$ 819 milhões de seu orçamento contingenciado
neste ano, ou 19% do valor autorizado.
No primeiro orçamento feito pela atual gestão, para 2020, a
Capes perdeu metade da verba, que de R$ 4,25 bilhões neste ano passou para R$
2,20 bilhões em 2020.O presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia, disse que
o governo trabalha para tentar recompor o orçamento. "MEC e Capes buscam
recompor orçamento integral ou próximo disso. Várias iniciativas estão sendo
pensadas", disse.
"O financiamento com a indústria, por exemplo, com
mestrados e doutorados profissionais. "Conforme o jornal Folha de S.Paulo
revelou, o governo estuda usar recursos do Sistema S para pagar bolsas de
pesquisa. A Capes ainda financia bolsas para professores de educação básica,
que não terão cortes por enquanto.
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