sábado, 11 de março de 2017

PM suspeito de envolvimento em tiroteio no Recife é preso após prestar depoimento

Segundo o advogado do PM, cliente se apresentou à Polícia Civil após vídeo em que ele é acusado por uma das vítimas do crime circular nas redes sociais. Delegado responsável não se pronunciou sobre o caso.



UM  policial militar do 11° Batalhão se apresentou, nesta sexta (10), à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento sobre o tiroteio que matou um ex-presidiário e feriu um PM na quinta (9), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. Após cerca de quatro horas de ouvida, o policial Cláudio Melo foi preso em flagrante e escoltado até o Instituto de Medicina Legal (IML) para exames de corpo de delito, e, em seguida, à sede da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife, onde ficará detido.
Segundo o advogado do policial preso, Paulo Sales, o cliente se apresentou após ter sido acusado informalmente de estar envolvido no crime. "Há um vídeo circulando nas redes sociais em que o PM ferido aponta o meu cliente como sendo um dos envolvidos. Ele entende que esse vídeo é inverídico e veio aqui prestar esclarecimentos", explica o advogado.
Ainda segundo Sales, a prisão em flagrante é ilegal. "O réu se apresentou após 24 horas do crime sem qualquer perseguição, mas o delegado fez a autuação em flagrante. Peço aos órgãos de direitos humanos que façam cessar essa ilegalidade", ressaltou.
Responsável pelo caso, o delegado Alfredo Jorge não quis falar com a imprensa após a ouvida do PM. Procurada pelo G1 durante a tarde, a assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que a autarquia irá se pronunciar ao final das investigações.
A prisão foi feita um dia após o policial militar que estava dentro do carro atingido pelos disparos ter prestado depoimento no DHPP. De acordo com o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, quatro envolvidos no crime foram identificados.
O delegado, no entanto, não confirmou se um dos envolvidos era policial militar. Ainda de acordo com Amaral, o homem que foi assassinado tinha passagens pelo sistema prisional e era investigado por um homicídio cometido em um cruzamento da Avenida Norte, em agosto de 2016

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