quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

‘Vendedor de mágica’ atrai público curioso em praia de João Pessoa Mágico Sobral, de 52 anos, vende materiais com placa 'vende-se mágica'. Produtos podem ser consumidos por adultos e crianças a partir de 6 anos.

Mágico Sobral vende mágica na orla de João Pessoa com placa vende-se mágica (Foto: Dani Fechine/G1)

Quem passa, se encanta pela propaganda de José Reginaldo. Ele tem 52 anos e tem como profissão “vender mágica” nas ruas de João Pessoa. Mais conhecido como Mágico Sobral, desde os anos 80 ele brinca com a magia. Começou na área circense, com apresentações de mágicas em escolas, festas e eventos. Hoje, atrai olhares na praia de Tambaú, na capital paraibana, com uma placa curiosa: vende-se mágica.

No circo, ele começou como auxiliar de secretário e depois começou a apresentar o espetáculo de mágica. Eram 15 minutos suficientes para encantar o público, enquanto as cortinas vermelhas não se abriam para as atrações começarem. Deixou o picadeiro para trás nos anos 90, não lembra bem a data, mas não esquece que o período foi determinante para suas escolhas de vida.


Começou a trabalhar por conta própria, montou uma pequena fábrica e hoje, além de ensinar às pessoas o mundo da magia, também vende produtos de mágicos. A fábrica de sonhos do mágico Sobral fornece produtos em João Pessoa durante o verão, quando chega o São João vai para Campina Grande e, há oito anos, o Parque do Povo também passa a ser seu palco. Além disso, vende para outros estados, de mágico para mágico.
A praia foi decisiva para firmar o empreendimento. Antes, no Sertão de Pernambuco, pouco conseguia vender. “Então me dediquei a trabalhar nas praias de João Pessoa e acabei ficando aqui. Tenho um trabalho também nos quiosques, nas abordagens, com as mágicas. Mostro meu produto e faço a venda”, revela.
Materiais se mágica ficam expostos na orla de Tambaú (Foto: Dani Fechine/G1)Materiais se mágica ficam expostos na orla de Tambaú (Foto: Dani Fechine/G1)
Quando se encantou com a magia, o local era chamado Pano de Roda, um circo sem cobertura. Conheceu as ruas, as praças e as vielas. Ensinou, aprendeu em congressos e conferências. Sobral está sempre renovando as mágicas e não pensa em voltar para o circo, mas também não deve largar a cartola tão cedo.
É casado e não tem filhos, mas faz os seus produtos também pensando nas crianças. A partir dos seis anos de idade elas já conseguem transformar um objeto em magia. “Eu tenho muito tempo nessa arte, estou sempre me renovando, trazendo coisas diferentes. Se não acompanharmos, ficamos para trás”, confessa.
Materiais atendem crianças e adultos (Foto: Dani Fechine/G1)Materiais atendem crianças e adultos (Foto: Dani
Fechine/G1)
O sustento da família é com shows e vendas, além de espetáculos que ele está sempre apresentando nas ruas e praças. Sobre a renda que fatura, Sobral é direto: “é segredo profissional, segredo de artista”.
Com a mesa no lugar, produtos expostos e mágicas a postos, Sobral não precisa chamar os clientes. A placa é o grande trunfo. “Vende-se mágica”. Assim, de pouco em pouco, aparece alguém curioso para saber como é possível comprar mágica. E a magia de Sobral está lá, à venda.
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