quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Micale escolhe 4-2-4 para resolver problema de gols da seleção olímpica

Treinador vai escalar Luan no lugar de Felipe Anderson para a partida contra a Dinamarca. Esquema não agradou em partidas, mas é principal alternativa de jogo.

Para resolver o problema de gols da seleção olímpica, o técnico Rogério Micale optou por colocar todos os atacantes disponíveis em campo desde o início. Contra a Dinamarca, o Brasil terá na linha de frente Neymar, Gabriel Jesus, Gabriel e Luan. O gremista é a novidade do time e entrará no lugar de Felipe Anderson na equipe titular – Walace substitui o suspenso Thiago Maia no meio-campo. Entretanto, a alteração, embora ofensiva, gera algumas dúvidas para a partida
O 4-2-4 foi a principal alternativa testada por Micale ao longo da preparação na Granja Comary. Entretanto, quando foi utilizado nos jogos, não funcionou. Tanto contra o Japão como diante do Iraque, o treinador desistiu da ideia em menos de 10 minutos. Nas duas ocasiões, a seleção teve inferioridade no meio-campo e sofreu com os contra-ataques. 
- Temos um modelo de jogo com variações, é normal fazer, já aconteceu em dois jogos. Tentamos variações, mas não podemos mudar conceitos sem treinamentos. Ele existe, treinamos em nossa preparação e não é porque não conseguimos a vitória que vamos mudar tudo, em termos de conceito. Isso traria mais prejuízos do que benefícios à equipe. O conceito traz o resultado. Se abrir mão dele, abre mão de uma forma de jogar. Se entrar de uma forma aleatória em campo, a probabilidade é maior da coisa não acontecer – explicou o treinador.
Neste esquema, Luan é o responsável por recuar mais. Ele circula para dar opções aos meio-campistas e iniciar os ataques. Defensivamente, é responsável por dar combate ao volante adversário. Para que o esquema funcione, porém, é preciso que o gremista não seja o único a se esforçar defensivamente: os outros três atacantes também devem ajudar na marcação, sob o risco de a equipe ficar exposta demais. 
- Sem a bola, a gente precisa recuar um para encostar no volante. É preciso bastante diálogo e conversa, para não errarmos muitas vezes na marcação – avaliou Rodrigo Caio, ainda durante a preparação na Granja Comary.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário